sexta-feira, 26 de março de 2010

Precessão dos equinócios

Boa Tarde, leitores do blog. O assunto hoje é um tanto complicado, mas necessário para que seja compreendido assuntos futuros. Esse assunto é um dos grandes erros de astrólogos amadores. A precessão é uma das grandes responsáveis pelos programas de softwares não funcionarem com relação à astrologia, pois não levam esse fato em consideração. E os antigos levaram, conforme veremos em artigos futuros.
Como podemos saber, a terra tem o movimento de rotação em volta de si mesma (como um peão), tem o movimento de translação (em volta do sol), e de precessão. O que é precessão? Que palavra estranha é essa? Precessão significa a mudança na orientação do eixo de rotação, de um corpo em rotação, claro. OU seja, quando vemos um peão girando, também vemos um movimento esquisito de inclinação, como se ele cambaleasse em volta. Isso é nutação, ou seja, a parte irregular do movimento precessional. A inclinação com relação ao eixo de rotação se chama precessão. Pode ser definida pela física como a mudança na direção do eixo rotativo, no qual o segundo ângulo de Euler(nutação) é constante.
Para entender de forma visual, vamos ver um giroscópio fazendo esse movimento de precessão. Clique na imagem para ver:



Denomina-se ANO SIDERAL o tempo gasto pelo Sol, no seu movimento aparente, para dar uma volta completa em torno da Terra. ANO TRÓPICO é o intervalo de tempo que decorre entre duas passagens consecutivas do centro do Sol pelo Ponto Vernal. Em conseqüência da retrogradação do Ponto Vernal, o ANO TRÓPICO é mais curto que o ANO SIDERAL de cerca de 20,4 minutos.
O movimento do pólo acarretará, com o decorrer do tempo, a substituição de uma estrela polar por outra. Atualmente, a estrela a da URSA MENOR encontra-se a menos de 1º do Pólo Norte Celeste, sendo conhecida por ESTRELA POLAR. Por volta do ano 2102, esta distância angular ficará reduzida a aproximadamente 28', e passará a aumentar desta data em diante. Portanto, a atual estrela polar norte continuará a sê-la por vários séculos, até que seja substituída, por exemplo, por g do CEPHEUS no ano 4500. Já cerca do ano 14000, a polar será a estrela VEGA, e assim por diante.
Em física há dois tipos de precessão: A livre de torque, e a induzida por torque.
Em astronomia, precessão se refere à mudanças lentas e contínuas em seus eixos de rotação dos corpos astronômicos ou caminho da órbita. A da terra, se chama precessão dos equinócios. Também é chamada de precessão do equador.

A Terra passa por um ciclo completo de precessão, como em um período de aproximadamente 25920 anos, durante o qual as posições das estrelas, medida no sistema de coordenadas equatorial irá mudar lentamente, a mudança é realmente devido à mudança de coordenadas. Durante este ciclo, a Terra se move do pólo norte axial de onde ele está agora, dentro de 1 ° de Polaris, em um círculo em torno do pólo da eclíptica, com um raio angular de cerca de 23,5 graus (ou cerca de 23 graus 27 minutos de arco). A mudança é de 1 grau em 72 anos, onde o ângulo é retirado do observador, a partir do centro do círculo. De 30° em 2160 anos, e de 360°(volta completa) em 25920 anos. Mas não é assim tão exata, de fato é mais próximo de 25770 anos. A descoberta é atribuída à Hipparcos(astrônomo grego que viveu em 150 a.c., ao comparar suas observações da posição da estrela Spica (α Virginis) com observações feitas por Timocharis de Alexandria (c.320-c.260 a.C.) em 273 a.C. Timocharis tinha medido que Spica estava a 172° do ponto vernal, mas Hiparco media somente 174°. Ele concluiu que o ponto vernal havia se movido 2 graus em 144 anos. ). Mas sabemos que os egípcios conheciam, e outras nações idem. Ver artigo dedicado a isso, chamado de Ciclo Atlante e seus Descendentes. A física de Newton afirma que a terra não possuindo uma forma esférica tem as forças gravitacionais da maré da Lua e do Sol aplicando torque, quando eles tentam puxar o equador ao plano da eclíptica. A parcela da precessão, devido à ação combinada do Sol e da Lua é chamado de precessão lunisolar.
Portanto, os pólos celestes não ocupam uma posição fixa no céu: cada pólo celeste se move lentamente em torno do respectivo pólo da eclíptica, descrevendo uma circunferência em torno dele com raio de 23,5 . O tempo necessário para descrever uma volta completa é 25 770 anos. Atualmente o Pólo Celeste Norte está nas proximidades da estrela Polar, na constelação da Ursa Menor, mas isso não será sempre assim. Daqui a cerca de 13000 anos ele estará nas proximidades da estrela Vega, na constelação de Lira.

O movimento de precessão da Terra é conhecido como precessão dos equinócios, porque, devido a ele, os equinócios (ponto vernal e ponto outonal) se deslocam ao longo da eclíptica no sentido de ir ao encontro do Sol (retrógrado em relação ao movimento da Terra em torno do Sol) 50,29"/ano.
O Sol leva 20 min para se mover 50 na eclíptica (na verdade a Terra leva 20 min para se mover 50 na sua órbita). Por causa disso, o ano tropical, que é medido em relação aos equinócios, é 20 min mais curto do que o ano sideral, medido em relação às estrelas.
A precessão não tem nenhum efeito importante sobre as estações, uma vez que o eixo da Terra mantém sua inclinação de 23,5 em relação ao eixo da eclíptica enquanto precessiona em torno dele. Como o ano do nosso calendário é baseado nos equinócios, a primavera continua iniciando em setembro no hemisfério sul, e em março no hemisfério norte. A única coisa que muda são as estrelas visíveis no céu durante a noite em diferentes épocas do ano. Por exemplo, atualmente Órion é uma constelação característica de dezembro, e o Escorpião é uma constelação característica de junho. Daqui a 13000 anos será o oposto.
Uma consequência da precessão é a variação da ascensão reta e da declinação das estrelas. Por isso os astrônomos, ao apontarem seus telescópios para o céu, devem corrigir as coordenadas tabeladas da estrela que irão observar pelo efeito de precessão acumulado desde a data em que as coordenadas foram registradas até a data da observação.
A próxima correção ao movimento chama-se nutação e trata-se da componente não circular (bamboleio) do movimento do pólo da Terra em torno do pólo da eclíptica, causada pelas variações na inclinação da órbita da Lua em relação à órbita da Terra em torno do Sol (de 18° 18' a 28° 36'). A principal contribuição da nutação na obliqüidade tem uma amplitude de 9,2025" e período de 18,613 anos, mas contribuições menores, como 0,57" com períodos de 182,62 dias, também estão presentes.

A inclinação da órbita da Terra tem desvios para cima e para baixo. Em relação à sua órbita atual, este tem um período de cerca de 70.000 anos. Em relação ao plano invariável, tem um período de 100.000. O plano invariável representa o momento angular do sistema solar e é aproximadamente o plano orbital de Júpiter.
A órbita de um planeta em torno do Sol não é realmente uma elipse, mas uma forma de flor(pétala), no eixo maior da órbita elíptica cada planeta também precessa dentro de seu plano orbital, em parte como resposta às perturbações na forma das forças de mudança gravitacional exercida pelo outros planetas. Isso é chamado de precessão do periélio ou precessão apsidal.
Estas alterações periódicas dos parâmetros orbitais da Terra, combinadas com a precessão dos equinócios, e da inclinação do eixo da Terra em sua órbita, são uma parte importante da teoria astronômica das eras glaciais.
Existe uma teoria interessante para nós. É a Teoria de Milankovitch que descreve os efeitos coletivos de alterações nos movimentos da Terra sobre o seu clima, nomeada assim após o engenheiro civil e matemático sérvio Milutin Milanković. Milanković matematicamente teorizou que variações na excentricidade, inclinação axial, e precessão da órbita da Terra determina padrões climáticos da Terra.
O eixo da Terra completa um ciclo completo de precessão aproximadamente a cada 26.000 anos. Ao mesmo tempo, a órbita elíptica gira mais lentamente, levando a um ciclo de 23.000 anos, entre as estações do ano e da órbita. Além disso, o ângulo entre o eixo de rotação da Terra e a perpendicular ao plano de sua órbita se move de 22,1 graus para 24,5 graus, e novamente em um ciclo de 41.000 anos, atualmente, este ângulo é 23,44 graus e está diminuindo.
Outras teorias astronômicas foram feitas por José Adhemar, Croll James e outros, mas era de difícil verificação, devido à ausência de evidência confiável datada e dúvidas quanto a quais períodos eram importantes. Não até o advento de núcleos no fundo do oceano e um papel seminal em Hays, Imbrie e Shackleton ", variações da órbita da Terra: Pacemaker da Idade do Gelo", na revista Science, de 1976(Hays, J.D.; Imbrie, J.; Shackleton, N.J. (1976). "Variations in the Earth's Orbit: Pacemaker of the Ice Ages". Science 194 (4270): 1121–1132. doi:10.1126/science.194.4270.1121. PMID 17790893)onde a teoria atingiu seu estado atual.
Por que isso é importante para nós? Porque afirmo em um artigo sobre Ciclos Atlantes e seus Descendentes, que os egípcios construiram a esfinge por volta da época onde a estrela de Leão e a constelação de Hércules(circumpolar)estavam nos céus, daí seu formato. Isso foi provavelmente após a era glacial, e fim do dilúvio atlante. Isso, mostra que os egícios conheciam a precessão, e de alguma forma dominavam. E prova que os indianos a conheciam muito melhor, pois além dos ciclos menores, desenvolveram os ciclos maiores.
Como a Terra gira em torno de seu eixo e orbita ao redor do Sol, diversas variações quase-periódicas ocorrem [Hays, J.D.; Imbrie, J.; Shackleton, N.J. (1976). "Variations in the Earth's Orbit: Pacemaker of the Ice Ages". Science 194 (4270): 1121–1132. doi:10.1126/science.194.4270.1121.PMID17790893].
Milankovitch estudou as mudanças na excentricidade orbital, obliqüidade e precessão dos movimentos da Terra. Tais mudanças no movimento alteram a orientação da quantidade e localização de radiação solar que atinge a Terra. Isto é conhecido como forçante solar (um exemplo de forçamento radiativo). Alterações perto da zona do pólo norte são considerados importantes devido à grande quantidade de terra, que reage a tais mudanças mais rapidamente do que os oceanos fazem. Isso mostra que os antigos conheciam iso, e isso marcava os festivais celtas e de outras nações. Mas esse artigo científico, explica o porquê disso. Os antigos conheciam seus resultados, mas acredito que não soubessem explicar. Achei esse artigo fantástico.
Para manter os signos originais, diz-se que o Sol atinge o primeiro ponto de ARIESquando cruza o equador a 20 de março, muito embora ele esteja realmente entrando em PISCES nesta época. Desta forma, todos os signos do Zodíaco se encontram atualmente deslocados de sua verdadeira posição. O Ponto Vernal (g), que há 2.000 anos se encontrava na constelação de ARIES, somente dentro de 25.775 anos, a contar daquela época, terá completado seu deslocamento através de todos os signos do Zodíaco e voltado, assim, a coincidir com o signo de ARIES.
A órbita da Terra é uma elipse. A excentricidade é uma medida da partida desta elipse da circularidade. O Sol está mais próximo da Terra durante o inverno no Hemisfério Norte. A forma da órbita da Terra varia de ser quase circular (excentricidade baixa de 0,005) para ser levemente elíptica (excentricidade alta de 0,058) e tem uma excentricidade média de 0,028. O principal componente dessas variações ocorre em um período de 413.000 anos (variação de excentricidade de ± 0,012). Uma série de outras condições variam entre os componentes 95.000 e 125.000 anos (com um período de bater 400 ka), e pouco se combinam em um ciclo de 100.000 anos (variação de -0,03 para 0,02). A excentricidade actual é 0,017.
Assim,não é a distância Terra–Sol a responsável pelas diferenças de temperaturas entre as diversas estações. No periélio a quantidade de energia solar que alcança a Terra é, naturalmente, maior que quando o nosso planeta está no afélio. Entretanto, por causa da pequena excentricidade da órbita (0,0167), o Sol está situado muito próximo do seu centro e, assim, a distância da Terra ao Sol varia muito pouco. Desta forma, a quantidade total diária de energia solar incidente sobre a Terra também varia pouco (até, no máximo, + 3,33% da média diária do ano); o máximo diário de energia incidente sobre a Terra (cerca do dia 2 de janeiro, com a Terra no periélio) é apenas 1,07 vez a quantidade mínima, que ocorre com a Terra no afélio (no dia 5 de julho).
Na realidade, o clima na Terra apresenta diferentes estações por causa da OBLIQÜIDADE DA ECLÍTICA, isto é, devido à inclinação de cerca de 23º27' (aproximadamente 23,5º) do PLANO EQUATORIAL com relação ao PLANO DA ÓRBITA da Terra.VEJA:

Se o EIXO DA TERRA fosse perpendicular ao plano de sua órbita, não existiriam as diferentes estações, havendo um clima uniforme, muito quente no Equador (onde os raios do Sol incidiriam sempre perpendicularmente) e muito frio nos pólos e nas altas Latitudes (onde os raios do Sol incidiriam sempre muito inclinados). Em virtude da inclinação do plano equatorial com relação ao plano da órbita da Terra, a altura do Sol no céu e o seu período de permanência acima do Horizonte variam durante o ano.
No verão, o Sol alcança uma altura mais elevada no céu, seus raios incidem mais na vertical (na zona tropical chegam a incidir perpendicularmente) e, portanto, de uma forma mais concentrada. Além disso, como o Sol permanece mais tempo acima do Horizonte, é transmitido calor à Terra (por absorção)durante um período maior do que ela perde calor (por radiação). Por isso, as temperaturas são mais elevadas.VEJA:

No inverno,as alturas atingidas pelo Sol são mais baixas, seus raios incidem mais inclinados, de uma forma menos concentrada (isto é, a mesma quantidade de raios do Sol cobre uma área maior da superfície da Terra). Ademais, como a permanência do Sol acima do Horizonte diminui, a Terra perde mais calor por radiação do que ganha por absorção. Esta é uma explicação sucinta das diferenças entre as estações do ano. Astronomicamente, as estações começam nos equinócios e solstícios.Veja:

Pela segunda Lei de Kepler, a velocidade orbital da Terra é maior próxima do periélio do que quando o nosso planeta está mais perto do afélio, a fim de que áreas iguais sejam varridas em tempos iguais. Assim, o verão (astronômico) do Hemisfério Sul, que começa no dia 22 de dezembro, cerca de 2 semanas antes do periélio, é mais curto que o seu inverno, sendo a diferença de aproximadamente 4,5 dias. Além disso, em virtude da retrogradação dos equinócios, as estações do ano não são mais iguais, duas a duas.

Na figura abaixo, estão representados o movimento aparente do Sol ao redor da Terra e as estações do ano no Hemisfério Sul. O centro do nosso planeta, neste caso, ocupa um dos focos da elipse descrita pelo centro do Sol.O eixo maior, AP, desta elipse denomina-se LINHA DOS ÁPSIDES. Sua extremidade P, mais próxima do centro da Terra, denomina-se PERIGEU, e a outra extremidade, A, mais afastada, APOGEU. O vetor TS (Terra–Sol) denomina-se RAIO VETOR DO SOL. Como vimos, a velocidade angular do Sol, no seu movimento aparente ao redor da Terra, é variável no decorrer do ano; é menor quando o Sol está no apogeu e maior quando ele passa pelo perigeu, para atender à segunda Lei de Kepler. Há 2.000 anos, quando o ponto g coincidia com o signo de ARIES, a linha dos solstícios (S1–S2) coincidia com a linha dos ápsides (A–P), fazendo com que a superfície limitada pela órbita aparente do Sol se apresentasse dividida em 4 áreas, iguais duas a duas, isto é, verão igual à primavera e outono igual ao inverno, no Hemisfério Sul. Como a cada uma destas áreas corresponde uma estação climática sobre a superfície do Globo Terrestre, e como a duração de cada estação corresponde ao tempo que o raio vetor do Sol gasta para descrever cada uma das quatro áreas acima mencionadas, segue-se que,há 2.000 anos, no Hemisfério Sul, por exemplo, o outono tinha a mesma duração do inverno e a primavera a mesma duração do verão. Hoje em dia, entretanto, devido à retrogradação do Ponto Vernal (g) sobre a Eclítica, já não há mais coincidência entre a linha dos ápsides (A–P) e a linha dos solstícios (S1–S2), conforme mostrado na figura abaixo, daí resultando que as estações não têm mais durações iguais, duas a duas.

Com o decorrer do tempo, continuará a variar a duração das estações e somente se
repetirão as igualdades verificadas há dois mil anos quando a linha dos equinócios (g–W) vier a coincidir com a linha dos ápsides (A–P).

Se a Terra fosse o único planeta orbitando o Sol, a excentricidade da sua órbita não variaria ao longo do tempo. A excentricidade da Terra varia, principalmente devido às interações com os campos gravitacionais de Júpiter e Saturno. Como a excentricidade da órbita evolui, o semi-eixo maior da elipse orbital permanece inalterado. Do ponto de vista da teoria de perturbação utilizados em mecânica celeste para calcular a evolução da órbita, o semi-eixo maior é o invariante adiabático. Segundo a terceira lei de Kepler, o período da órbita é determinada pelo semi-eixo maior. Daqui resulta que o período orbital da Terra, a duração de um ano sideral, também permanece inalterado como a órbita evolui. Como o semi-eixo menor é diminuído com o aumento da excentricidade, o aumento de variações sazonais [Richard A Muller, Gordon J MacDonald (1997). "Glacial Cycles and Astronomical Forcing". Science 277 (1997/07/11): 215–218. doi:10.1126/science.277.5323.215]. Mas a média de irradiação solar para o planeta muda levemente para pequena excentricidade, devido à segunda lei de Kepler.
A irradiação, mesma média, não corresponde à média das temperaturas correspondentes (devido à não-linearidade da lei de Stefan-Boltzmann). Para uma radiação com a temperatura correspondente a 20 ° C e sua variação simétrica de ± 50% (por exemplo, as estações mudam [ "Origin of the 100 kyr Glacial Cycle: eccentricity or orbital inclination?". Richard A Muller. Retrieved March 2, 2005 Ver http://muller.lbl.gov/papers/nature.html], obtemos a variação de temperaturas correspondentes assimétrica com sua média de 16 ° C (ou seja, desvio de -4 ° C). E para a variação da irradiação durante um dia (com a sua média correspondente também a 20 ° C), obtemos a temperatura média (de zero a capacidade térmica) -113 ° C.
O aumento relativo da radiação solar na maior aproximação ao Sol (periélio) em relação à irradiação no mais distante (afélio) é ligeiramente maior do que 4 vezes a excentricidade. Para a excentricidade da órbita atual isto equivale a uma variação na radiação solar de cerca de 6,8%, enquanto que a diferença atual entre periélio e no afélio é de apenas 3,4% (5,1 milhões de km). Periélio atualmente ocorre em torno de 3 de janeiro, enquanto afélio é de cerca de 4 de julho. Quando a órbita é elíptica, na sua maioria, a quantidade de radiação solar no periélio será de cerca de 23% maior que no afélio.
Duração Climática(Hemisfério Norte) retirado de:
data from United States Naval Observatory
Year Date: GMT Season Duration
2005 Winter Solstice 12/21/2005 18:35 88.99 days
2006 Spring Equinox 3/20/2006 18:26 92.75 days
2006 Summer Solstice 6/21/2006 12:26 93.65 days
2006 Autumn Equinox 9/23/2006 4:03 89.85 days
2006 Winter Solstice 12/22/2006 0:22 88.99 days
2007 Spring Equinox 3/21/2007 0:07 92.75 days
2007 Summer Solstice 6/21/2007 18:06 93.66 days
2007 Autumn Equinox 9/23/2007 9:51 89.85 days
2007 Winter Solstice 12/22/2007 06:08
A Mecânica Orbital exige que a duração das estações do ano sejam proporcionais às áreas dos quadrantes sazonal, por isso, quando a excentricidade é extrema, as estações do outro lado da órbita podem ser substancialmente mais longas em duração. Quando o outono e inverno ocorrem próximos à abordagem, como é o caso atualmente no hemisfério norte, a Terra está se movendo na sua velocidade máxima e, portanto, o outono e o inverno são ligeiramente mais curtos do que a primavera e o verão. Assim, no verão, no hemisfério norte é 4,66 dias maior do que o inverno e a primavera é de 2,9 dias a mais do que no Outono.
Daí a importância de se atualizar sempre nos estudos científicos, pois para podermos comemorar festivais de equinócios e solstícios, acredito que isso deva ser de extrema importância ao mago. E mais, um cálculo de magia ritual, envolve o conhecimento razoável desses sistemas aqui descrito. Por isso, os astrólogos erram tanto em magia prática. Óbvio que se utilizavam esses conhecimentos antigamente, basta conhecer Stonehenge. Mas acredito que hoje, a ciência levou isso a um novo grau,a um novo patamar, e deve ser considerado. Agora, ir em meios mágicos que os líderes se quer conhecem isso, é complicado, pois festejariam qual ritual? Já vi gente fazer rituais sob influência de certo signo, enquanto este não estava no céu. A precessão, nos ensina que as posições estrelares mudam com o tempo. Se for numa geração não terá grandes importâncias, mas a longo prazo sim.
O ângulo de inclinação axial da Terra (obliquidade) varia em relação ao plano da órbita da Terra. Estas variações lentas de 2,4 ° de obliquidade são aproximadamente periódicas, tendo cerca de 41.000 anos para alternar entre uma inclinação de 22,1 ° e 24,5 ° e de volta. Quando aumenta o viés, a amplitude do ciclo sazonal de insolação (radiação solar incidente) aumenta, com verões em ambos os hemisférios, que recebem mais fluxo de radiação do Sol, e os invernos menos fluxo radiativo. ISSO EXPLICA como podemos usar o artigo sobre os quatro elementos, e os anjos que dominam as influência que queremos utilizar.
Mas essas mudanças de sinal contrário no verão e no inverno não são da mesma magnitude. A média anual da insolação aumenta em latitudes altas, com viés crescente, enquanto latitudes mais baixas experimentam uma redução da insolação. Verões com ventanias são suspeitos de favorecer o início de uma era do gelo pelo derretimento do gelo, no inverno anterior e neve. Assim, pode-se argumentar que reduzir obliquidade favorece ambas as idades de gelo por causa da redução da insolação média em latitudes elevadas, bem como a redução adicional da insolação no verão.
Cientistas usando modelos computacionais para estudar inclinações mais extremas do que aquelas em que se inclina hoje, concluíram que eventos climáticos extremos na obliquidade elevada seria particularmente ameaçadora para formas avançadas de vida que existem atualmente na Terra. Eles observaram que a obliquidade elevada provavelmente não esteriliza completamente um planeta, mas faria ser mais duro do que fácil, a vida de sangue quente, na terra para prosperar, como ocorre hoje. [Wunsch, Carl (2004). "Quantitative estimate of the Milankovitch-forced contribution to observed Quaternary climate change". Quaternary Science Reviews 23: 1001–1012. doi:10.1016/j.quascirev.2004.02.014].
Quando o eixo está alinhado,então ele aponta para o Sol durante o periélio, um hemisfério polar terá uma maior diferença entre as estações do ano, enquanto o outro hemisfério terá estações mais amenas. O hemisfério, que é verão no periélio receberá a maior parte do aumento correspondente na radiação solar, mas que no mesmo hemisfério, no inverno, no afélio terá um inverno mais frio. O outro hemisfério terá um inverno relativamente mais quente e mais frio no verão.
Atualmente, a Terra está inclinada em 23,44 graus de seu plano orbital, aproximadamente a meio caminho entre os seus valores extremos. A inclinação está na fase decrescente do ciclo, e atingirá o seu valor mínimo por volta do ano 10.000 d.C. Esta tendência, por si só, tende a tornar os invernos mais quentes e verões mais frios, mas os aumentos das emissões de gases com efeito de estufa pode sobrepujar o efeito.
Quando o eixo da Terra está alinhado com o afélio e periélio que ocorrem perto dos equinócios, os Hemisférios Norte e Sul terão contrastes similares nas estações.
Atualmente, o periélio ocorre durante o verão do hemisfério sul, e no afélio é atingido durante o inverno austral. Assim, as estações do hemisfério sul são mais extremas do que as estações do hemisfério norte, quando outros fatores são iguais.
Isso favorece rituais com magia elemental, e que usam espíritos das estações. Isso é vital, para quem conhece bem horários de rituais. No sul, então, estamos favorecidos com relação à meios adequados para se efetuar magias, que utilizem estações climáticas.
A inclinação da órbita da Terra tem desvios para cima e para baixo em relação à sua órbita atual, com um ciclo com período de cerca de 70.000 anos. Milankovitch não estudou este movimento tridimensional. Este movimento é conhecido como "precessão da eclíptica" ou "precessão planetária".
Mais recentemente, pesquisadores observaram de onde se deriva e que a órbita também se move em relação às órbitas dos outros planetas. O plano invariável, o plano que representa o momento angular do sistema solar, é aproximadamente o plano orbital de Júpiter. A inclinação da órbita da Terra tem um ciclo de 100.000 em relação ao plano invariável, por acaso, este é muito semelhante ao do período de excentricidade 100.000 anos. Este ciclo de 100.000 anos, se aproxima do padrão de 100.000 anos de idades de gelo.
Foi proposto que um disco de poeira e outros detritos existem no plano invariável, e isso afeta o clima da Terra através de vários meios possíveis. A Terra atualmente se move através deste plano em torno de 9 de janeiro e 9 de julho, quando há um aumento no radar detectados meteoros e meteoro relacionadas com nuvens noctilucentes. [Richard A Muller, Gordon J MacDonald (1997). "Glacial Cycles and Astronomical Forcing". Science 277 (1997/07/11): 215–218. doi:10.1126/science.277.5323.215] e [ "Origin of the 100 kyr Glacial Cycle: eccentricity or orbital inclination?". Richard A Muller. http://muller.lbl.gov/papers/nature.html. Retrieved March 2, 2005].
Um estudo da cronologia dos núcleos de gelo antártico, usando oxigênio aos rácios de nitrogênio em bolhas de ar retidas no gelo, que parecem responder diretamente à insolação local, concluiu que as respostas climáticas documentadas nos núcleos de gelo foram impulsionadas pela insolação Hemisfério Norte, como proposto pela hipótese de Milankovitch (Kawamura et al. Nature, 23 de agosto de 2007, vol 448, p912-917). Esta é uma validação adicional da hipótese de Milankovitch através de um método relativamente novo, e é incompatível com a "inclinação" a teoria do ciclo de 100.000 anos.
O problema dos 100.000 anos é que as variações de excentricidade têm um impacto significativamente menor sobre o forçante solar ou obliquidade de precessão e, portanto, seria de se esperar produção de efeitos mais fracos. No entanto, as observações mostram que durante o último 1 milhão de anos, o sinal mais forte de clima é o ciclo de 100.000 anos. Além disso, apesar do ciclo de 100.000 anos ser relativamente grande, alguns têm argumentado que o comprimento do registro do clima são insuficientes para estabelecer uma relação estatisticamente significativa entre as variações climáticas e excentricidade. [Wunsch, Carl (2004). "Quantitative estimate of the Milankovitch-forced contribution to observed Quaternary climate change". Quaternary Science Reviews 23: 1001–1012. doi:10.1016/j.quascirev.2004.02.014] Alguns modelos podem reproduzir no entanto os ciclos 100.000 anos como um resultado de interações não lineares entre pequenas mudanças na órbita da Terra e internas oscilações do sistema climático. [Ghil, Michael(1994). "Cryothermodynamics: the chaotic dynamics of paleoclimate". Physica D 77 (1-3): 130–159. doi:10.1016/0167-2789(94)90131-7] e [Gildor H, Tziperman E (2000). "Sea ice as the glacial cycles' climate switch: Role of seasonal and orbital forcing". Paleoceanography 15 (6): 605–615. doi:10.1029/1999PA000461].
Como mencionado acima, no momento, periélio ocorre durante o verão do hemisfério sul e no afélio durante o inverno austral. Assim, as estações do hemisfério sul tendem a ser algo mais extremo do que as estações do Hemisfério Norte. A excentricidade relativamente baixo de apresentar os resultados órbita em uma diferença de 6,8% na quantidade de radiação solar durante o verão nos dois hemisférios.
Uma vez que as variações orbitais são previsíveis[ ver F. Varadi, B. Runnegar, M. Ghil (2003). "Successive Refinements in Long-Term Integrations of Planetary Orbits" (PDF). The Astrophysical Journal 592: 620–630. doi:10.1086/375560. http://astrobiology.ucla.edu/OTHER/SSO/SolarSysInt.pdf], se alguém tem um modelo que relaciona as variações orbitais ao clima, é possível executar um modelo desse tipo para a frente "prever" o clima futuro. Duas ressalvas são necessárias: que efeitos antropogênicos podem modificar ou mesmo sobrecarregar os efeitos orbitais e que o mecanismo pelo qual mostra o orbital forçando influências climáticas não é bem compreendido.
A quantidade de radiação solar (insolação) no Hemisfério Norte, a 65 ° N parece estar relacionada à ocorrência de uma idade do gelo. Cálculos astronômicos mostram que 65 ° N insolação de verão deverá aumentar gradualmente ao longo dos próximos 25.000 anos. Um regime de excentricidade inferior ao valor atual durará sobre os próximos 100.000 anos. Mudanças no verão do hemisfério Norte insolação será dominada pelas mudanças na obliqüidade ε. Nenhum declínio em 65 ° N para insolação do verão, que seja suficiente para causar uma idade do gelo, é esperado nos próximos 50.000 anos.
Um estudo frequentemente citado de 1980(Imbrie e Imbrie) determinou que, "Ignorar antropogénicas e outras possíveis fontes de variação atuando em frequências superiores a um ciclo por 19.000 anos, este modelo prevê que a tendência de arrefecimento de longa duração que se iniciou cerca de 6.000 anos atrás, vai continuar para os próximos 23.000 anos. "[J Imbrie, J Z Imbrie (1980). "Modeling the Climatic Response to Orbital Variations". Science 207 (1980/02/29): 943–953. doi:10.1126/science.207.4434.943. PMID 17830447] .
Mais recentemente, o trabalho de Berger e Loutre sugere que o atual clima quente pode durar mais 50.000 anos [ Berger A, Loutre MF (2002). "Climate: An exceptionally long interglacial ahead?". Science 297 (5585): 1287–1288. doi:10.1126/science.1076120. PMID 12193773].
As melhores chances de um declínio na insolação do hemisfério norte no verão que seria suficiente para desencadear uma idade do gelo é de 130.000 anos ou possivelmente até para fora em 620.000 anos[http://amper.ped.muni.cz/gw/articles/html.format/orb_forc.html]. Ver artigo do blog descrito como Ciclos Atlantes e seus Descendentes, para informações a respeito desse artigo com possíveis ciclos. Como eu disse, sou estudante de magia, e alio ciência e arte e fé. Como conheço os ciclos místicos, acho interessante fazermos estudos paralelos, para que possamos compreender melhor e até desenvolvermos de forma mais eficaz nossos conhecimentos, e aliarmos o máximo possível à prática.
Dedico este texto para o bem estar de todos os seres sem exceção, e todos os méritos advindos dele!!!!!!




Referências:

http://en.wikipedia.org/wiki/Precession
http://www.sfu.ca/~boal/211lecs/211lec26.pdf
http://www.newton.dep.anl.gov/askasci/env99/env154.htm
http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/top.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Orbital_node
http://en.wikipedia.org/wiki/Lunar_precession
http://en.wikipedia.org/wiki/Milankovitch_cycles
-Boal, David (2001). "Lecture 26 - Torque-free rotation - body-fixed axes". http://www.sfu.ca/~boal/211lecs/211lec26.pdf. Retrieved 2008-09-17.
-Cook, David R. (1999). "Tilt of Earth's Axis". Environmental Earth Science Archive, Ask A Scientist. United States Department of Energy. http://www.newton.dep.anl.gov/askasci/env99/env154.htm. Retrieved 2006-05-24.
-Zachos J, Pagani M, Sloan L, Thomas E, Billups K (2001). "Trends, Rhythms, and Aberrations in Global Climate 65 Ma to Present". Science 292 (5517): 686–693. doi:10.1126/science.1059412. PMID 11326091.
-À marinha do Brasil,devido aos seus dados maravilhosos: https://www.mar.mil.br/;
-Zachos JC, Shackleton NJ, Revenaugh JS, Palike H, Flower BP (2001). "Climate Response to Orbital Forcing Across the Oligocene-Miocene Boundary". Science 292 (5515): 274–278. doi:10.1126/science.1058288. PMID 11303100.
-artigo publicado no site http://www.astro.ufrgs.br/index.htm, por © Kepler de Souza Oliveira Filho & Maria de Fátima Oliveira Saraiva, pelo Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS;
-Miguens, Altineu Pires, Navegação: Ciência e Arte Vol.I,II e III, Editora Mariha do Brasil.
-Comandante Miranda, Astronomia sem mistérios,Ed. Moana Livros
-Comandante Miranda, Navegação astronômica,Ed. Moana Livros
-Comandante Miranda,Navegando pelo sol,Ed. Moana Livros
-Delerue, Alberto, Rumo às estrelas,Ed. Moana Livros
-Tuenter, Erik (2000) (PDF). Modeling orbital induced variations in circum-Mediterranean climate. http://www.knmi.nl/onderzk/phd/tuenter.pdf.
Há ainda outro tópico espeífico de Referência Bibliográfica!Favor Consultar!

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